quinta-feira, 21 de maio de 2020

O GRITO SILENCIOSO DOS INOCENTES.


              O sol nasce, a fome os domina, mas eles não têm direitos, são massacrados pelo trabalho, sem direito a descanso; seus donos são mais miseráveis, são escória humana. Magros, olhos sem vida, fazem o trabalho que lhes são ordenados, mas no final do dia, não terão nada para comer.
Os miseráveis estão por toda parte, fazem parte da natureza, nos grandes centros urbanos, caminham sem destinos, são agredidos, mal vistos, repelidos pela massa humana que passa, com desdém são olhados, com repugnância, mas na realidade são seres iguais a todos. Para muitos são inferiores, tem alma, mas são rejeitados, caminham como maquinas, mas tem sentimentos, ninguém os defendem... 
Carrões passam, a soberba ao volante, não enxergam nada, apenas a demonstração do "poder", fazem reuniões para angariar fundos, em suas roupas de grife, suas acompanhantes vestidas em seus casacos de marca conhecida, aplaudidos pelas gordas doações, em uma demonstração que neste ato falso, de desprendimento, são bondosos, sensibilizam com os miseráveis. Na verdade eles são os verdeiros miseráveis da humanidade. 
Doar é um gesto sublime, mas não para ser enaltecido, quem faz, tem que ser por amor, não para ser recompensado. Malditos aqueles que vivem na hipocrisia, malditos os que vivem na mentira, enganar o próximo, roubar os justos, para demonstrar poder, mas esquecem que o poder infindável só existe em um ser, o supremo Deus criador de todas coisas. 
Os falsos que usam o seu pequeno poder do dinheiro para humilhar e pisar em seus semelhantes, fechando os olhos para a verdadeira razão da vida, humildade e solidariedade.
Não sabemos quem é mais miserável, o que conduz ou o que não têm direitos, são seres excluídos de tudo, nunca terão oportunidades, de ter um mínimo para poder saciar a própria fome.
Os crentes vão aos templos suntuosos, escutar os intermediários de Jesus, são os verdadeiros lacaios em busca incansável do misero dizimo de muitos que tiram das bocas dos filhos para fazerem as doações que os falsos pastores, que usam o nome de Cristo, usam a religião, a fé, a humildade de muitos, para alcançar os objetivos, na realidade são os verdadeiros filhos do diabo, vestidos de cordeiros.  
O verdadeiro ser humano, é aquele que faz sem que ninguém saiba ou vê, fazem por amor ao próximo e a todos os seres vivos do planeta, são misericordiosos, tem dentro de seus corações o amor e a fraternidade.
                Caminham de cabeça baixa, olham as vitrines das lojas, mas não podem ter nada daquilo que esta exposto para vender, são os excluídos da humanidade, são aqueles que Yoshua os quis como companheiros, amigos e mandou que o que tinha a soberba, deixar ela de lado e doar tudo que tinha e vir caminhar a seu lado.

Não entenderam nada, até hoje não veem nada, são cegos, querem a matéria, a carcaça de nossos corpos, esquecem-se do espirito imortal que é a verdadeira razão da vida, esquecem que este corpo vai envelhecer e apodrecer, mas o espirito vai continuar eternamente.
Nada pode ser feito, mas você pode mudar seu ser, tornando a vida, em remissão, tirando para fora ganancia e a mentira, esquecer os cínicos, os lacaios, ignorar os filhos do diabo que estão em convivência diária de nós, como ovelhas do bem, mas na realidade são ruins e sentem bem com a destruição, a doença, a praga que infeta o homem.
Deus é grande.

Nietzsche. Rejeitado desde a infância, jovem solitário, adulto fracassado, doente, incompreendido. Um dia , escutou um cavalo sendo açoitado na rua. Brados enraivecidos contra o indefeso animal, o chicote estalando, sangue e relinchos para todo lado. Os transeuntes ocupados sem perceber a cena, cada um preso em suas mesquinhas responsabilidades. Nietzsche rompeu à rua, em desespero atroz, rangendo os dentes na direção do açoite, rosnando blasfêmias contra o algoz. Era o fim do maior filósofo desde Kant. Abraçado ao cavalo, chorando, chorando, chorando seu desespero. Enfim, desmaiou para nunca mais. Quando acordou era um nada, um catatônico Nietzsche sem frases inteligíveis, olhar parado, babando. Morreu uma década depois,
amyn daher jr

Meus livros:
A vida de um imigrante libanês
Felicidade ao alcance de todos
Medo degradação e morte
Os erros que as mulheres cometem
Tempos difíceis
O sonho não pode morrer

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